quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Biblioteca do Vaticano quer ter o tamanho do mundo




O projecto de digitalização começa pela disponibilização de 256 dos seus 80 mil manuscritos.

Para já, são apenas 256 documentos, mas é um primeiro passo determinado. A Biblioteca do Vaticano começou a abrir-se decisivamente aos tempos modernos e, para já, há duas centenas e meia de manuscritos disponíveis a partir de qualquer local do mundo. Basta uma ligação à Internet.
Entrando na site da Biblioteca do Vaticano, poderemos analisar pormenorizadamente, além de livros medievais, um tratado do século XIII, De Arte Venandi Cum Avibus, escrito por Frederico II. É o mais famoso dos disponibilizadas nesta primeira fase de digitalização do arquivo.
Frederico II, imperador do Sacro-Império Romano-Germânico, viveu entre 1194 e 1250 e foi, além de um dos reis mais poderosos da Idade Média, um homem de extraordinária cultura. De Arte Venandi Cum Avibus é um tratado de falcoaria e ornitologia ricamente ilustrado e colorido. Nele abundam imagens dos pássaros estudados, seus tratadores e instrumentos que utilizavam. O manuscrito original foi perdido em 1248. Aquele que se encontra na Biblioteca do Vaticano é uma cópia encomendada por Manfredo, filho de Frederico, que acrescentou várias adendas à obra.
A Biblioteca do Vaticano guarda cerca de 80 mil manuscritos, reunidos desde a sua fundação em 1451 pelo Papa Nicolau V. A peça mais famosa do seu acervo será o Codex Vaticanus, uma das mais antigas Bíblias conhecidas, manuscrita em grego e datada do século IV. No futuro, oCodex será, também, um dos documentos colocados online para acesso de estudiosos e internautas. Segundo afirmou o director da Biblioteca do Vaticano, Cesare Pasini, citado pela Agência Ecclesia, o objectivo da digitalização, que começou a ser planeada em 2011 e iniciada no ano seguinte, será a disponibilização no site da instituição da totalidade do seu espólio. O projecto nasceu da colaboração do Vaticano com a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e com as Bibliotecas Bodleian em Oxford, Inglaterra, e conta com um financiamento de dois milhões de libras (cerca de dois milhões e 300 mil euros) da Fundação Polonsky, sediada em Londres.
 Ver mais em: http://publico.pt/1583553

Sem comentários:

Enviar um comentário