quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ROMAN POLANSKI (1933- )

...Preparávamos-nos para sair do hall pela porta principal quando um homem com uma camisa desportiva veio ter comigo e me mostrou um distintivo.
- Mister Polanski? - perguntou calmamente. - Sou do Departamento de Polícia de Los Angeles. Posso falar consigo? Trago um mandato de captura.
Grande cineasta ou playboy internacional, vítima ou oportunista? Quem é Roman Polansky?


De Cracóvia a Hollywood, passando por Paris, Londres e Roma, é o romance da sua vida que Polanski nos conta, tal como o viveu: a sua infância numa Polónia ocupada pelos nazis, os seus começos de criança-actor, os seus estudos na escola de cinema de Lodz - uma das mais exigentes do mundo - a primeira grande manifestação do seu talento, com a realização de "Faca na Água", depois o Ocidente, as dificuldades em Paris, os primeiros tempos de Londres, o brilhante sucesso americano, interrompido pelo assassinato de Sharon Tate pelo Grupo Manson, a prisão por desvio de menores em 1977 em Los Angeles, numa nova carreira em França.

Roman é no entanto muito mais do que a narrativa de uma existência excepcional rica em acontecimentos e peripécias: Polanski fala-nos dos seus filmes, daqueles que não pôde realizar, das figuras lendárias com quem conviveu, do despertar da Polónia com o Solidariedade, dos combates que travou para impor a sua personalidade.

Romancista de si próprio, Polanski trouxe a este livro notável as mesmas qualidades de verve transbordante e de ironia, de perfeccionismo e de autenticidade que caracterizam o seu cinema.

Comovente sem pieguice, honesto mas sem complacência, Roman é tão divertido e cheio de humor como "Por favor não me morda o pescoço", tão inquietante como "A semente do diabo", tão emocionante como "Chinatown", tão comovente como "Tess", enfim, tão apaixonante como este personagem fora do comum: Roman Polanski.

Disponível na Biblioteca:

POLANSKI, Roman - Roman por Polanski. Lisboa: Difel, 1984

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