segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DR. RENATO ARAÚJO (1892-1958)


Nasceu em 30-11-1892 no lugar das Vendas, em S. João da Madeira, tendo sido baptizado na Igreja Matriz local a 17-6-1893. Faleceu a 6-4-1958 em Lisboa e foi sepultado na sua terra natal no jazigo-capela de seu pai. Era filho de Benjamim José de Araújo, 1º Presidente da Câmara e da sua 2ª mulher D. Josefina Amália da Costa.
Espírito combativo, experimentou a rudeza dos campos de batalha da Flandres, durante a 1ª Grande Guerra de 1914-18, como médico.

Formou-se em Medicina, casou em Lisboa com Manuela Morais e, devido à sua boa relação com o poder central, conseguiu do Ministro das Obras Públicas e do seu Director-Geral, Engº Sá e Melo, a intervenção do Estado no plano de urbanização da então vila de S. João da Madeira.

Conseguiu que se procedesse não só ao levantamento fotogramétrico da área municipal, mas também a que o conceituado Engº José Frederico Ulrich elaborasse o 1º Plano de Urbanização que viria a definir o centro cívico urbano - ou Praça Luís Ribeiro - o sítio do Mercado Municipal e uma vasta área nascente reservada para a construção de prédios e destinada a ser a parte mais importante da nova S. João da Madeira.

Em Lisboa moveu influências no sentido de satisfazer as aspirações sanjoanenses da emancipação concelhia, o que foi marcante para o desenvolvimento e progresso de S. João da Madeira.

Exerceu o cargo de Administrador do Concelho e, mais tarde, seria o 3º Presidente da Câmara Municipal, entre 1946 e 1954.

A ele e à sua acção devem-se também a fundação do Pavilhão dos Desportos, parte do saneamento urbano e, sobretudo, a Biblioteca Municipal que lhe consagra o nome, e que foi construída em terreno que a sua viúva, D. Manuela Morais de Araújo, doou à Câmara Municipal com esse objectivo específico respeitando, assim, a vontade do marido.

Construída com base no projecto também oferecido por Manuela Morais Araújo e por ela custeado, o edifício da Biblioteca seria inaugurado três anos depois, a 11 de Outubro de 1961.

Uma grande aspiração da elite intelectual da cidade estava concretizada.
Fontes:
Monografias de S. João da Madeira
Jornal "O Regional"

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